A história do código de barras

Você conhece a origem de uma das figuras mais comuns do nosso dia a dia? O código de barras chegou e revolucionou o mercado como conhecemos hoje. Por isso, a Espacial Suprimentos trouxe um pouco da história desse que estampa praticamente todos os produtos que consumimos no dia a dia.

 

O início de tudo

O primeiro código de barras foi escaneado em 26 de junho de 1974, em Troy (EUA). O produto? Um pequenos pacote de chicletes. Esse primeiro UPC (Universal Product Code ou Código Universal de Produto, na tradução livre) escaneado, era o resultado de longos anos de planejamento e estruturação do setor de supermercados nos Estados Unidos.

No final dos anos 60, os custos de mão de obra cresciam constantemente e o inventário (contagem, identificação e classificação de produtos) estava se tornando cada vez mais difícil de rastrear. Os executivos por trás do projeto UPC acreditavam que o então novo método de leitura pudesse resolver esses problemas. E acabaram acertando precisamente.

No início doas anos 70, o setor criou um comitê que desenvolveu o padrão de dados UPC e escolheu o símbolo de código de barras desenvolvido pela IBM (empresa de tecnologia da informação). O padrão de dados e símbolo são utilizados até hoje.

 

Expectativa e realidade

Curiosamente, as figuras responsáveis por desenvolver o sistema UPC acreditavam que estavam fazendo algo importante, mas não tinham ideia de que esse trabalho sobreviveria por tanto tempo. As estimativas mais otimistas do setor mercadológico naquela época apontavam que menos de dez mil empresas adotariam o código de barras. Como resultado disso, a digitalização do primeiro código de barras UPC recebeu pouca atenção.

Alguns jornais que acompanharam a primeira leitura publicaram artigos curtos sobre o evento de lançamento, mas não como notícias de primeira página. O que ninguém sabia é que, alguns anos mais tarde, o código de barras se tornaria uma das infraestruturas de dados digitais de maior sucesso no mundo. 

 

A revolução dos códigos

Essa invenção não só mudou a forma como finalizamos uma compra, mas também permitiram importantes melhorias no rastreamento de estoque. Ou seja, itens que vendiam bem podiam ser reabastecidos rapidamente quando os dados coletados indicassem, exigindo menos espaços nas prateleiras para qualquer produto individual. Com a diminuição da necessidade de espaço nas prateleiras, novos produtos foram surgindo (podemos dizer que o código de barras é o grande responsável pelo supermercado vender 15 tipos de sabonetes quase indistinguíveis, por exemplo).

 

Outros setores aderiram rapidamente

Apesar de ter nascido com foco em supermercados, o código de barras não durou muito tempo nesse setor. Em meados dos anos 80, o iminente sucesso do sistema UPC incentivou outros setores a adotarem o código. Walmart, Departamento de Defesa e o setor automotivo dos Estados Unidos começaram a usar os códigos de barras para rastrear objetos em suas cadeias de suprimentos. Além disso, empresas privadas também passaram a utilizar o mecanismo como forma de capturar dados de identificação.

Tamanho foi o sucesso da invenção que, no final dos anos 90, eles passaram a ser considerados um elemento crucial na história da nova forma de mundo, contribuindo diretamente na rápida globalização de formas que seriam quase impossíveis de imaginar se não existissem.